1 de fevereiro de 2011

Distribuição de Informação Geográfica na WEB


Os recentes desenvolvimentos tecnológicos, associados à Internet e, em especial à WEB (recursos sofisticados, crescente capacidade de processamento e de transporte de informação), têm vindo a criar excelentes condições para o desenvolvimento de novos ambientes para publicação, acesso, exploração e distribuição da Informação Geográfica.

A Internet rapidamente se tornou no meio preferencial para a disseminação de informação e os SIG rapidamente adaptaram-se a este ambiente. Atualmente todos os principais fornecedores de aplicações SIG dispõem de alternativas para a disseminação de Informação Geográfica através da WEB.

A WEB é atualmente um meio privilegiado para a publicação e disseminação de mapas, tornando-se numa plataforma atraente para disponibilização de informação espacial devido a vários fatores: independência de plataforma, facilidade no seu uso e acesso. A Internet veio alterar a acessibilidade à Informação Geográfica criando um canal alternativo para a sua divulgação e disponibilização, constituindo também um meio de transmissão de informação, através, por exemplo, da importação (download) direta por um utilizador. Os serviços de transferência de informação existentes através da Internet (HTTP e FTP) proporcionam um acesso atualizado e rápido à informação. (Elzakker, 2001; Gartner, 1999; Peng, 1997).

Estas potencialidades proporcionam um aumento do número de utilizadores e um valor acrescentado para a Informação Geográfica.

Uma das grandes limitações das aplicações SIG centradas na Internet era a adoção de tecnologias proprietárias, com a sua própria estrutura de base de dados, arquitetura e formatos. Assim, as soluções apresentadas não permitiam a integração de dados provenientes de diversas fontes e formatos, tornando a interoperabilidade uma tarefa difícil. A interoperabilidade visa garantir a partilha e a troca de informações entre sistemas, evitando sujeitar a informação a transformações que possam alterar o seu conteúdo.

Em Agosto de 1994 foi fundado o OpenGis Consortium, hoje Open Geospatial Consortium, com o objectivo de conceber especificações para a integração de Informação Geográfica e seu processamento, de forma a permitir a utilização e divulgação de informação de forma aberta e independente do suporte utilizado (OGC, 2005).

Na perspectiva do OGC, os produtos e serviços que se adaptarem às suas especificações, permitirão aos utilizadores trocarem livremente informações espaciais independentemente da sua plataforma ou formato (OGC, 2005).

O consórcio apresenta uma arquitectura para a criação de uma diversidade de Web Services que no seu conjunto proporcionam a disponibilização de Informação Geográfica na WEB.

A WEB é caracterizada pela sua capacidade interativa e pelos conteúdos dinâmicos que disponibiliza facilitando o acesso, análise e a transmissão de dados espaciais (Peng, 1997). Na WEB é cada vez mais frequente encontrar conteúdos de diferentes fontes e, dada a sua natureza, permite um certo grau de interatividade. O utilizador final pode ter acesso a estes dados em tempo real sem que para tal necessite adquirir software específico. As ligações são dinâmicas, o que permite utilizar sempre a informação mais recente que reside no servidor.

A distribuição de mapas através da Internet não é novidade. Os mapas têm sido disseminados na Internet durante muitos anos através do protocolo FTP, que permite a cópia de ficheiros entre dois computadores ligados em rede. No entanto, além de ser necessário o utilizador copiar os ficheiros para o seu disco local, era necessária, a maior parte das vezes, converter ou descomprimir estes mapas antes de serem utilizados. Adicionalmente, o utilizador necessitava de ter software específico para manipular a Informação Geográfica.

A disponibilização e visualização de mapas na Internet iniciou-se através de páginas estáticas desenvolvidas em HTML que apresentavam mapas no formato imagem GIF ou JPEG. A linguagem HTML apresenta opções limitadas, pois permite apenas disponibilizar mapas no formato matricial, selecionar áreas do mapa e anexar informações a essas áreas através de hyperlinks.

Atualmente, a tecnologia WebGIS permite integrar, disseminar e comunicar visualmente Informação Geográfica na WEB através de um browser.

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Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala