16 de junho de 2012

II ESTÁGIO DE CARTOGRAFIA E ORIENTAÇÃO EM ÁREA DE SELVA


II ECOAS

O II ESTÁGIO DE CARTOGRAFIA E ORIENTAÇÃO EM ÁREA DE SELVA aconteceu no período de 04 a 15 de Junho de 2012 e tem sua necessidade na medida em que apresenta estudos que leva o profissional de segurança pública a dominar alguns conceitos espaciais e sua representação, provocando assim um processo de construção de conhecimento através da utilização dos mapas, cartas, bússolas e GPS como instrumento, indispensável no planejamento de missões em geral.

Sabe-se que o profissional de segurança pouco aprende no seu curso de formação conceitos espaciais e suas representações. Assim, a compreensão dos mapas, cartas, bússolas e GPS traz uma mudança qualitativa na capacidade de pensar, organizar e estruturar missões realizadas pelos profissionais de segurança pública em geral.

Imagem 01 - Correções das avaliações dos ECOAS. A esquerda 1º Sgt Portela, subcoordenado do estágio e a direita Sd BM leonardo. Foto: Sd BM Barbosa. 1º GBS.


 Ao final do “II ESTÁGIO DE CARTOGRAFIA E ORIENTAÇÃO EM ÁREA DE SELVA”, os militares serão capazes de utilizar mapas, cartas, bússolas e GPS. Através de decodificação da linguagem cartográfica, instrumentos indispensáveies de comunicação e orientação em área de selva, os miliatres porerão efetuar a leitura dos símbolos e signos empregados nos mapas mais frequentes e em diferentes escalas.



Disciplinas Ministradas

1 - Sistema Geodésico Brasileiro
1.1 SAD 69
1.2 Sirgas
2 – Escala
2.1 Escala Numérica
2.2 Escala Gráfica
2.3 Utilização Prática
3 - Carta, Mapas e Plantas
3.1 Classificação de Acordo com a escala (Grande Pequena e Média)
4 - Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo
4.1 Desdobramento da CIM
5 - Manutenção de cartas Topográficas
5.1 Impermeabilização de cartas Topográficas
6 - Diagrama de Orientação e Ângulo Notórios
6.1 Norte Geográfico
6.2 Norte Magnético
6.3 Norte Quadrícula
6.4 Declinação Magnética
6.5 Utilização Prática
7 - Rumo e Azimute
8 – Bússola
9 - Distribuição de Equipe de Navegação
10 - Aferição de passo
11 - Utilização Prática com Bússola
11.1 Retirada de medida de azimute de entrada
11.2 Retirada de medida de contra-azimute
11.3 Marcha segundo um azimute
12 - Projeções Cartográficas
12.1 Projeção do tipo cilíndrica, transversal e secante ao globo terrestre
13 - Cartografia Temática
13.1 Elementos constituintes de um mapa
13.2 Título, Conversões, Referências, Indicação da direção norte, escala e sistema de projeção utilizado
14 - Altimétria
14.1 Uso de curvas de nível
14.2 Mapas de Isolinhas
15 - Localização de Pontos
15.1 Meridianos e Paralelos
15.2 Latitude e Longitude
15.3 Sistemas de Coordenadas
15.4 Localização de Coordenadas em um mapa
15.5 Utilização Prática
16 - Uso Prático de Cartas Topográficas
16.1 Medições em carta topográficas
16.2 Distâncias em linha reta
16.3 Distâncias em linha irregulares
16.4 Perfil Topográfico
16.5 Plotagem de coordenadas em cartas topográficas
17 - Orientações
17.1 Observação pelos Fenômenos naturais
18 - Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS)
18.1 Posicionamento Absoluto
18.2 Posicionamento Relativo
19 - Classificações dos Receptores
20 - Funções de teclado
21 - Procedimentos de navegação
22 - Obtenções de Coordenadas em campo
23 - Utilização Prática de GPS / Carta topográfica.

Carga Horária Total: 80 horas

Os alunos do Estágio (ECOAS/2012) planejaram deslocamento em mata densa. Os exercícios duravam cerca de 8 horas, onde puderam transpor terrenos alagados, igarapés e outros obstáculos. Todos os exercícios foram realizados com Cartas Topográficas em escala de 1:100.000, Cartas Imagem e Mapas Rurais do IBGE.

Imagem 02 - Militares planejando deslocamento de 3Km em área de selva.
Foto: SD BM Barbosa. 1º GBS


Dentros das práticas desenvolvidas no estágio de cartografia e orientação, realizou-se uma atividades que consistiu em localizar o acidente aeronáltico de 1° de Julho de 2003, da aeronave que se decolou de São Luiz - MA (SBSL) com dois tripulantes e dois passageiros a bordo, com destino a Belém - PA (SBBE), para um vôo de transporte de malotes. Segundo Tavares, a aeronave caiu quando realizava a aproximação final, em meio a forte chuva, a aeronave efetuou, às 19:57 h (local), o seu último contato com a Torre Belém. A aeronave foi encontrada acidentada no dia seguinte, tendo seus quatro ocupantes falecido e a aeronave sofrido avarias graves. “Avião cai na ilha das Onças - Aparelho levava quatro pessoas a bordo e pode ter caído por causa de temporal"


Imagem 03 - Militares planejando rota da embarcação com Carta Náutica para local da queda a aeronave na ilha das onças em 2003. Foto: SD BM Leonardo


Conforme Marlene, o avião caiu por volta de 19h30, quando chovia e trovejava intensamente na região. O aparelho afundou em um local pantanoso (área de várzea) de mata densa. Durante a queda, de acordo com a moradora, o avião chegou a passar próximo às casas da comunidade, mas, por sorte, ninguém em terra se feriu. "É um avião de tamanho médio", constatou a mulher, com a voz trêmula.(...)”

Imagem 04 - Militares, em oração pelas vítimas, diante das cruzes que marca o local do acidente, uma área de difícil acesso. Foto: Cb BM

Nesta segunda fase do estágio, os militares também aprederam algumas técnicas de planejamento de busca utilizado Carta Náutica, GPS no Rio Guamá. Planejamento semelhante ao utilizado na busca dos Irmãos Novelinos em 2007 pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Imagem 05 - Militares desevolvendo metodologia de busca utilizada na operação dos Irmãos Novelinos.
Foto: SD BM Leonardo.


Imagem 06 - Busca dos corpos dos Irmãos Novelino em 2007 na Baia do Guajará pelo CBMPA.
Foto: Arquivo SD BM Leonardo.
  
Outras atividades desenvolvidas no ECOAS 2012, foram as visitas técnicas no SERIPA I que realizou palestra sobre as atividades desempenhadas pelo Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e .Ações Iniciais no Local do Acidente Aéreo. Em seguida os miliatres visitaram as instalações do SERIPA em Belém.

Imagem 07 - Vistita do SERIPA I no ECOAS/2012.

O Militares também realizaram visita no Serviço de Sinalização de Norte, da Marinha do Brasil. Assitiram palestra sobre as atividades desenpanhadas e como são produzidas e atualizadas as Cartas Náuticas.


Imagem 08 - Militares concluintes do II Estágio de Cartografia e Orientação em Área de selva
Foto: CB  BM Mesquita - 1º GBS


ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO CURSO

Coordenação Geral do Estágio: MAJ BM CHRISTIAN;
Coordenação Operacional do Curso: 2º TEN BM AUGUSTO CÉSAR;
Subcoordenador do Curso: 1º SGT BM PORTELA.
Professor/ Facilitador: SD BM LEONARDO
Monitores: 2º TEN BM VELOSO, 2º TEN BM ALUIZ, CB BM MESQUITA, SD MONTEIRO, SD BARBOSA, SD ARLEY E SD BARROS.



REFERÊNCIAS:

Constituição Estadual do Pará;
Legislação de Ensino do CBMPA;
ABREU, PR; CARNEIRO, AF. Educação cartográfica na formação do professor de geografia em Pernambuco. Revista Brasileira de Cartografia, Pernambuco, nº58/01 (ISSN 1808 – 0936), Abril. 2006.
ALMEIDA, RD; PASSINI, EY. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.
ALMEIDA, RD. Do desenho ao mapa. Iniciação Cartográfica na Escola. São Paulo: Contexto, 2001.
ALMEIDA, RD. Cartografia Escolar (Org.). São Paulo: contexto 2007.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História, Geografia. Brasília (PNC 1ª à 4ª série) – Brasília; MEC/SEF, 1997.
CARDENO DE INSTRUÇÃO. CI 21-5/1. Out 1976. O Caixão de Areia: Utilização e Construção: Estado Maior do Exército Brasileiro: EGGCF.
CARLOS, AF. A Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
FRANCISCHETT, MN. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia: Construindo os Caminhos do Cotidiano. ANAIS do Evento Falam Professor, Curitiba – 18 a 13 de julho de 1990, p. 36.
JOLY, F. A cartografia. Campinas, Papirus, 1990.
LAKATOS, EM. Fundamentos de Metodologia Científica: 7.ed. – São Paulo: Atlas, 2010.
LACOSTE, Y. A geografia, isso serve em primeiro lugar para fazer a Guerra. Campinas, Papirus, 1988, p.16.
MARTINELLI, M. A Sistematização da Cartografia Temática. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia Escolar (Org.) São Paulo: contexto 2007, p 159.
UZÊDA, OG. Curso de Topografia Militar. Rio de Janeiro: Henrique Velho, 1944.
OLIVEIRA, Lívia de Estudo Metodológico e Cognitivo do Mapa In: ALMEIDA, RD. Cartografia Escolar (Org.) São Paulo: contexto 2007, p 27.

PASSINI, EY. Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado.
TAVARES, J. P. Acidente Aéreo Ocorrido em Belém em 1º Julho de 2003. Estudo de Caso. Disponível em: http://search.conduit.com/Results.aspx?q=avia%C3%B5%20cai%20em%20belem%20em%202003&hl=pt-BR&SearchSource=dede junho de 2012.

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Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala