9 de julho de 2012

INCÊNDIOS HISTÓRICOS DE BELÉM


Os incêndios já começa a ser motivo de preocupação já início no Século XVII a.C, com imperador babilônico Hamurabi, onde surge o primeiro conjunto de normas de prevenção e de intervenções em casos de incêndios e calamidades. Muitos artigos do Código de Hamurabi se tornaram leis e estão em vigor até hoje (MENEZES, 2007).

O risco de incêndio em áreas urbanas tem aumentado ao longo dos anos e a alternativa mais utilizada pela maioria dos órgãos responsável é a adoção de medidas de prevenção dentro de uma política adequada de planejamento de distribuição de recursos destinados à proteção contra incêndio urbano (CARLOS, 2008).

No brasil um dos primeiros relatos de incêndio aconteceram nas ilhas de Laje e Sergipe e em 1560. Mem de Sá manda destroiu com fogo as aldeias e os fortins franceses construídos nas referidas ilhas. Segundo o professor Herculano Gomes Mathias, do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil - IHGB, além de grandes incêndios urbanos, havia no período Colonial gigantescos incêndios florestais.

Um dos grandes exemplos de incêndios no espaço urbano aconteceu na cidade de São Paulo, nos edifícios Andraus em fevereiro de 1972 e Joelma em fevereiro de 1974, resultando em 352 vítimas, sendo 16 mortos e 336 feridos (Andraus) e 499 vítimas, sendo 179 mortos e 320 feridos (Joelma) (CARLOS, 2008).

INCÊNDIOS URBANO DE BELÉM

O primeiro grande incêndio que se tem relato em Belém ocorreu de no dia 13 de fevereiro de 1872. De La para cá o combate ao fogo tem se tornado presente e com tendência de virar tragédia por vários fatores como a falta de hidrantes e até dificuldades de acesso. No incêndio da casa Chama em 2002 os militares tiveram de buscar água na Baia de Guajará.

Belém é uma cidade marcada por grandes incêndios. Veja a seguir:
Ponto Data Local


1 - 1872 - Residencial do político Dr. José Coelho da Gama e Abreu, o Barão de Marajó

2 - 1882 -  Prédio da Viscondessa de Souza Franco

3 - 1882 - Largo de Santana, Rua do Imperador, esquina com a travessa Ocidental do Mercado

4 - 1882 - Alfândega de Belém

5 - 1896 - Depósito de derivados de borracha da firma Frank da Costa & Cia, Trav. Campos Sales

6 - 1902 - Trav. Campos Sales nº 5, no prédio onde funcionava a firma Frank da Costa & Cia

7 - 1905 - Trav. Campos Sales nº 65 em uma mercearia

8 - 1905 - Mercearia, Trav. Campos Sales nº 65

9 - 1910 - Foguetearia de propriedade de Eduardo Moreira, Rua dos Mundurucus entre Trav. Castelo Branco e Av. José Bonifácio

10 - 1910 - Três barracas, Mundurucus, entre a travessa Castelo Branco e a Av. José Bonifácio

11 - 1911 - Prédio nº 71

12 - 1912 - Casa de Lemos, Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), Av Gentil Bittencourt

13 - 1912 - Edifício sede do jornal “A Província do Pará

14 - 1917 - Casa de comércio “Agulha de Maria”,

15 - 1924 - Fábrica Palmeira

16 - 1934 - Três residências

17 - 1935 - Prédios nº 137 e nº 139, Rua Manoel Barata.

18 - 1935 - Usina Progresso

19 - 1946 - Serviço de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará, Miramar

20 - 1954 - Ônibus sendo incendiados por manifestantes, devido ao aumento das tarifas, autorizado pela Prefeitura

21 - 1970 - Banco da Amazônia

22 - 1970 - Hotel dos Viajantes, Boulevard Castilhos França

23 - 1970 - Posto de Gasolina da Empresa Soares

24 - 1970 - Posto de gasolina da Empresa Recauchutadora de Pneus Soares

25 - 1975 - Mesbla, na Av. Padre Eutíquio

26 - 1980 - Companhia Amazônia Têxtil de Aniagem (CATA)

27 - 1982 - Prédio Hospital Juliano Moreira, Asilo dos Alienados e manicômio

28 - 1988 - Convento dos Mercedários

29 - 1988 - Casa Laura

30 - 1989 - Casa Farol

31 - 1990 - Supermercado São João

32 - 1990 - Supermercado São João

33 - 1990 - Supermercado Nazaré

34 - 1990 - CIFEMA, Av. Almirante Barroso

35 - 1990 - Gráfica Falângola

36 - 1990 - Tágide Veículos

37 - 1990 - Centrais Elétricas do Pará, Subestação Reduto

38 - 1990 - Cantina do Banco da Amazônia

39 - 1990 - Supermercados Pão de Açucar (Pedreira)

40 - 1995 - Loja Bechara Mattar

41 - 2001 - Assentamento do Riacho Doce

42 - 2002 - Casa Chama

O risco de incêndio em áreas urbanas tem aumentado ao longo dos anos e o Centro Histórico de Belém, com suas construções antigas tem sofrido com grande ocorrência de incêndio, principalmente pelo fato de algumas lojas armazenam em seus departamentos fogos e explosivos ao lado de material inflamável. A estocagem irregular contribui para o risco de incêndio. Aliado a isso temos a baixa qualidade da fiação elétrica dos edifícios e das residências históricos. Assim, a análise dos padrões pontuais das ocorrências de incêndio o pode auxiliar os órgãos responsáveis na elaboração de medidas de prevenção e ainda servir de apoio para uma política adequada de planejamento de distribuição de recursos destinados à proteção contra incêndio urbano.

GRANDES INCÊNDIOS DE BELÉM DA DÉCADA DE 70 A 90.
 
Figura 2: Mapa dos grandes incêndios de Belém da década de 70 a 90.
Fonte: Elaboração própria. Dados Menezes, 2004.

Figura 3: Principais incêndios históricos de Belém da década de 70 a 90.
Fonte: Elaboração própria. Dados Menezes, 2004.

Nos anos 1990: Um exemplo de desastre em área de altíssimo risco aconteceu no dia 18 de dezembro de 2001 no bairro do Guamá, onde um incêndio no assentamento do Riacho Doce destruiu em torno de 4,7 mil metros quadrados da comunidade, tomando enormes proporções ocasionando na queima total de 113 casas, 09 casas parcialmente queimadas, 939 pessoas desabrigadas e danos de 631 mil reais aproximadamente. (OLIVEIRA, 2006).

Figura 3: O grande incêndio de 2001 no assentamento Riacho Doce.
Fonte: Biblioteca Pública “Arthur Viana” (CENTUR, 2001).

Figura 4: O grande incêndio de 2001 no assentamento Riacho Doce.
Fonte: Biblioteca Pública “Arthur Viana” (CENTUR, 2001).


Figura 5: O grande incêndio de 2001 no assentamento Riacho Doce.
Fonte: Biblioteca Pública “Arthur Viana” (CENTUR, 2001).


Figura 6: O grande incêndio de 2001 no assentamento Riacho Doce.
Fonte: Biblioteca Pública “Arthur Viana” (CENTUR, 2001).



Figura 7: O grande incêndio de 2001 no assentamento Riacho Doce.
Fonte: Biblioteca Pública “Arthur Viana” (CENTUR, 2001).

Analisando e comparando o universo das ocorrências de incêndios de 2009, 2010 e 2011 em Belém, uma redução de (36%) nos caso de incêndio no biênio 2009 – 2010 e um aumento de (2%) no biênio 2010 – 2011. A queda, poder ser atribuída à política de segurança pública implementada pelo Corpo de Bombeiros Militar através da descentralização dos serviços, que permiti a otimização dos recursos humanos e materiais do CBMPA.

Figura 8: Número de ocorrências de incêndio no período de janeiro 2009 a dezembro 2011.
Fonte: Elaboração própria. Dados: SISCOB – CBMPA.

A região metropolitana de Belém convive com alto número de ocorrências de incêndio urbano causam grande custo social monumental e ainda um custo econômico difícil de mensurar, mas inquestionavelmente alto. Isso ressalta a necessidade de se adotar mecanismo para reduzir o número de incêndio. A alternativa utilizada pela maioria dos órgãos responsável é a adoção de medidas de prevenção dentro de uma política adequada de planejamento de distribuição de recursos destinados à proteção contra incêndio urbano. A dininuição dos grandes números de incêndios é resultado do trabalho do Corpo de Bombeiros Militar que em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará tem adotado uma política de prevenção, aquisição de novas viaturas, qualificação profissional.

o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel João Hilberto Sousa de Figueiredo destacou os principais avanços obtidos. “Este ano recebemos um investimento maciço do governo principalmente na questão dos equipamentos operacionais. Adquirimos recentemente 25 viaturas de resgate que serão fundamentais para que possamos diminuir a demanda reprimida das ocorrências, já que atualmente, 50% delas se referem ao atendimento de resgate", concluiu.

4 comentários:

Representações Cartográficas

Globo - representação esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade ilustrativa.

Mapa - representação plana, em escala pequena, delimitada por acidentes naturais ou políticos-administrativos, destinada a fins temáticos e culturais.

Cartas - representação plana, em escala média ou grande, com desdobramento em folhas articuladas sistematicamente, com limites de folhas constituídos por linhas convencionais, destinada a avaliação de distância e posições detalhadas.

Planta - tipo particular de carta, com área muito limitada e escala grande, com número de detalhes consequentemente maior.

Mosaiso - conjunto de fotos de determinada área, montadas técnica e artisticamente, como se o todo formasse uma só fotografia. Classifica-se como controlado, obtido apartir de fotografia aéreas submetidas a processos em que a imagem resultante corresponde à imagem tonada na foto, não controlado, preparado com o ajuste de detalhes de fotografia adjacentes, sem controle de termo ou correção de fotografia, sem preocupação com a precisão, ou ainda semicontrolado, montado combinando-se as duas características descritas.

Fotocarta - Mosaico controlado, com tratamento cartográfico.

Ortofotocarta - fotografia resultante da transformação de uma foto original, que é um perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano.

Ortofotomapa - conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada região.

Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida. É a primeira imagem cartográfica da região. É o insumo necessário para controle de qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas de método fotogramétrico.

Carta Imagem - imagem referênciada a partir de pontos identificáveis com coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção

Revista Geografia, Conhecimento Prático, n 23, p 54. ed. Escala